Fico muito feliz, com o coração transbordante de alegria ao ver nossas Comunidades repletas de Jovens, na explosão de seus ímpetos, querendo encontrar Jesus Cristo Ressuscitado, porém conclamo aos nossos amados (as) coordenadores (as) de Grupos, Projetos e Ministérios Jovens da RCC, que na sabedoria do Espírito Santo saibam orientar seus meninos e meninas a viverem um namoro santo e reto no Senhor.


Namoro = Santidade

Namoro – Namoro, Namorar e Namorados – vem de “enamorar”. Este é um verbo interessantíssimo. Veja que a palavra é en + amor + ar.

A raiz é o centro do amor. Este amor esta precedido da particula grega en, que indica ação de envolver. Portanto, enomorar é envolver o outro no amor.

Sexualidade, deriva da palavra sexo, que do latim que dizer metade.

CIC 2332 – “A sexualidade afeta todos os aspectos de pessoa humana em sua unidade de corpo e alma...”.

CIC 2348 – quando falamos de sexualidade a Santa amada Igreja, nos apresenta com estado de vida a CASTIDADE. porque todo batizado é chamado a castidade, embasado na verdade de que “TODO CRISTÃO SE VESTIU DE CRISTO”.

Namoro e Sexo – Por que o namoro não é o tempo de viver a vida sexual? Qual o sentido do sexo? O sexo tem duas dimensões, finalidades: unitiva e procriativa.

Qual é a diferença entre o sexo no casamento, realizado com amor e por amor, e a prostituição? É o amor. Se você tirar o amor, o sexo se transforma em prostituição, comércio. Já chegaram até ao absurdo de querer legalizar a "profissão" de prostituta. Aquele que tem uma relação sexual com a prostituta está preocupado apenas com o prazer, e não tem qualquer compromisso com ela. Acabada a relação, paga e vai embora. Não importa se amanhã esta mulher está grávida, doente, ou passando fome, não lhe interessa, ele pagou pelo “serviço”. Veja, isto é sexo sem amor, sem compromisso de vida, sem uma aliança. É o desvirtuamento do sexo, a prostituição. No plano de Deus o sexo é diferente, é manifestação do amor conjugal; é uma verdadeira liturgia desse amor, cujo fruto será o filho do casal.

O sexo é belo e puro quando vivido segundo a lei de Deus; todos nós viemos ao mundo por ele. Se ele fosse sujo, a criança recém nascida não seria tão bela e inocente. O livro do Gênesis assegura que ao criar todas as coisas Deus “viu que tudo era bom” (Gen. 1,25). Portanto, tudo o que Deus fez é belo, também o sexo. No plano de Deus a vida sexual só tem lugar no casamento. São Paulo há dois mil anos já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa” (1 Cor 7, 4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.

A vida sexual de um casal não pode ser começada de qualquer jeito, às vezes dentro de um carro numa rua escura, ou mesmo num motel, que é um antro de prostituição.

O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma, e não o seu físico.

A melhor proposta para o namoro é uma vida de castidade.

Sem dúvida, um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal. Também os noivos não estão aptos ainda para a vida sexual. O Catecismo da Igreja diz que : “Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus” (§ 2350). E ensina que a vida sexual é legítima e adequada aos esposos.

DURANTE O NAMORO, QUAIS SÃO OS LIMITES? – Ora, dar-se as mãos, beijar-se, tocar-se já é bastante.

O tempo que antecipa a vivência do matrimônio deve ser uma etapa de mútuo conhecimento, diálogo, oração e descoberta da pessoa amada numa acolhida positiva e fecunda. É um tempo de aprender a superar os conflitos e conviver sadiamente com as diferenças.

Diz o apóstolo que “Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade” (1Ts 4, 7), e para tanto ele exorta: “Mortificai, pois, os vossos membros terrenos: fornicação, impureza, paixão, desejos maus, e a cupidez, que é idolatria” (Cl 3,5).

O filósofo francês, católico, Paul Claudel, disse certa vez que : “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”.

A CAMISINHA NÃO ELIMINA O RISCO DA TRANSMISSÃO SEXUAL; na verdade só pode diminuir um tanto o risco”. “As pesquisas indicam que o condom é 87% eficiente na prevenção da gravidez. Quanto aos estudos da transmissão do HIV, indicam que o condom diminui o risco de infecção pelo HIV aproximadamente em 69%.

Pesquisas realizadas pelo Dr. Richard Smith, um especialista americano na transmissão da AIDS, apresenta seis grandes falhas do preservativo, entre as quais a deterioração do látex devido às condições de transporte e embalagem. Afirma o Dr. Richard que: “O tamanho do vírus HIV da AIDS é 450 vezes menor que o espermatozóide. “Todos os preservativos têm poros 50 a 500 vezes maiores que o vírus da AIDS”.

Vale a pena refletir um pouco no que dizia o Mahatma Ghandi, o célebre indiano hindu, que libertou a India da Inglaterra, pela força da não-violência. Ele dizia: “A castidade não é uma cultura de estufa... A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária”. No momento em que disse adeus a uma vida de prazeres carnais, todas as nossas relações se tornaram espirituais“. Depois dos quarenta anos, Ghandi não teve mais vida sexual, nem mesmo com a esposa. Embora este pensamento não esteja plenamente de acordo com a moral católica, no entanto, mostra o valor imenso da castidade para um homem que não era batizado. Ele ainda dizia: “A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca”.

“Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós”. (1 Cor 3,16-17).

“Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo”. (1 Cor 6,18) É preciso entender que nós não apenas “temos” um corpo, mas “somos” um corpo.

Vicente de Paulo dos Santos
Coordenador Diocesano da EPA

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