O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

INTRODUÇÃO:

“Falava uns dias atrás com um amigo, um pouco mais velho do que eu. Na conversa, apareceram coisas de quando éramos pequenos.... Um pouco emocionado me disse: Ainda recordo quando, sendo criança, minha mãe dava-me um beijo antes de dormir, depois de ajudar-me a rezar as orações da noite. Eu vivia contente e feliz por sentir-me amado por minha mãe. Meu pai também tinha detalhes que me agradavam muito. No inverno, junto ao fogo, sentava-me em seu colo. Então, contava-me muitas coisas de suas viagens, de quando era jovem e o quanto teve que trabalhar para levar adiante sua vida. Recordo aqueles momentos com muitas saudades. Ficava esperando meu pai voltar do trabalho, com a expectativa de que me contasse muitas histórias.....

E como estão seus pais, agora?, lhe perguntei. – Estão muito velhos, me disse; minha mãe está bem doente, já não se levanta mais da cama. Os dois vivem comigo. Meu pai, quando estou no trabalho, cuida dela com todo o amor e carinho”.

O amor destes pais para com seu filho, e os detalhes de amor que tinham entre si estes esposos, nos fazem pensar na grandeza do sacramento do Matrimônio. Sabemos agradecer o que nossos pais fazem ou já fizeram por nós? Ajudamos-lhes em suas necessidades? Procuramos tornar-lhes a vida mais agradável? Lembramos de rezar por eles todos os dias?

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Instituição do matrimônio no paraíso terrestre

O livro do Gênesis ensina que Deus o ser humano, homem e mulher, com o encargo de

procriar e multiplicar-se: “Homem e mulher os criou, e Deus os abençoou dizendo-lhes: Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra” (Gênesis 1,27-28). Assim, Deus instituiu o matrimônio, e o instituiu – tendo como fim principal – para que tivessem filhos e educassem-nos; e como fim secundário, para que os esposos se ajudem entre si: porque “não é bom que o homem esteja só, vou fazer-lhe uma ajuda semelhante a ele” (Gênesis 2,18).

Como conseqüência, o matrimônio é algo sagrado por sua mesma natureza, e os esposos são colaboradores de Deus participando do poder divino de dar a vida, ao preparar o corpo dos novos seres nos quais Deus infunde a alma criada a sua imagem e semelhança, destinados a dar-lhe glória e a gozar com Ele no céu.

2. O matrimônio, sacramento cristão

Jesus Cristo elevou à dignidade de sacramento o matrimonio instituído no início da

humanidade. O matrimônio entre cristãos é a imagem da união de Jesus Cristo com sua Igreja. A tradição cristã viu na presença de Jesus nas bodas de Caná uma confirmação do valor divino do matrimônio.

Portanto, entre cristãos, só existe um verdadeiro matrimônio: o que Jesus Cristo santificou e elevou à dignidade de sacramento. Por isto, nenhum católico pode contrair tão somente o chamado “matrimônio civil”; tal união não seria válida, já que não tem maior valor do que o de uma simples cerimônia legal perante a lei civil. Entre católicos só é válido o matrimônio-sacramento contraído perante a Igreja.

3. As propriedades do matrimônio

O matrimônio, tanto na condição de instituição natural como na de sacramento cristão, está

Revestido de duas propriedades essenciais: a unidade e a indissolubilidade.

Unidade quer dizer que o matrimônio é a união de um só homem com uma única mulher: “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne” (Gênesis 2,24).

Indissolubilidade quer dizer que o vínculo conjugal não pode desatar-se nunca: “O que Deus uniu o homem não o separe”, diz o Evangelho (Mateus 19,6; 5,32; Lucas 16,18). O divórcio, pois, está proibido. Deus assim o quis por várias razões: pelo bem dos filhos; pelo bem , a felicidade e a segurança dos esposos, que desaparece quando o divórcio é introduzido nas sociedades; pelo bem de toda a sociedade humana, pois a humanidade se compõe de famílias, e quanto mais sólidas e estáveis sejam, maior será a ordem e o bem estar da sociedade e dos indivíduos.

4. Efeitos do sacramento do matrimônio

O sacramento do matrimônio aumenta a graça santificante naqueles que o recebem. É

necessário recebe-lo, pois, em estado de graça; senão, comete-se um sacrilégio, ainda que o matrimônio seja válido.

Também comunica os auxílios especiais que os esposos necessitam para santificar-se dentro do matrimônio, para educar a seus filhos e cumprir os deveres que contraem ao casar-se. Estes deveres são, para com eles mesmos: amar-se e respeitar-se, guardar a fidelidade e ajudar-se mutuamente; em relação aos filhos: alimenta-los, vesti-los, educa-los religiosa, moral e intelectualmente e assegurar seu futuro.

Os ministros do sacramento sãos os mesmos contraentes; contudo, deve ser celebrado ante testemunhas, perante o pároco ou um seu delegado. Senão, o casamento é inválido.

5. O matrimônio, caminho de santidade

O sacramento do matrimônio concede aos esposos as graças necessárias para que se

santifiquem e santifiquem os outros. É dever de toda a família – também dos filhos – facilitar este clima humano e cristão, através do qual se consegue que os lares sejam luminosos e alegres, sacrificando-se para se obter as virtudes humanas e sobrenaturais de uma família que começou santificada com um sacramento.

6. PROPÓSITOS DE VIDA CRISTÃ:

• Esforçar-se por tornar agradável a vida das pessoas da própria família.

• Estimar muito este sacramento e ajudar a que os demais o entendam e também agradeçam a Deus.

fonte: catecismo da igreja católica

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